Educação de Aparecida promove seminário sobre inclusão escolar

Publicado em: 01/12/2022

Além das palestras, as escolas expuseram os trabalhos realizados pelos alunos durante o ano de 2022 

Durante todo o dia da última quarta-feira, 30, a Secretaria Municipal de Educação discutiu sobre as políticas  públicas e inclusão escolar no Seminário Municipal de Educação Especial. Com o tema “Políticas Públicas e Práticas Educacionais: momentos de diálogos sobre o atendimento especializado”, o evento aconteceu no Auditório da UNIFAN, Jardim Esmeralda, e foi aberto para professores e entidades que lidam com a educação especial. 

A abertura do evento contou com a apresentação da Banda Sinfônica do Município, sob a regência do maestro Francinaldo Rodrigues,  e com a exibição de uma  dança realizada pelos  alunos da Escola Municipal Nova Olinda, que são atendidos pela inclusão escolar. “Discutir sobre os avanços da educação inclusiva e ter um olhar sensível às demandas deste público faz parte das diretrizes da Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia”, comentou por ocasião da abertura o secretário de educação, professor Divino Gustavo. 

Pelo período da manhã, aconteceu  uma roda de conversas com diversas autoridades da área, incluindo professores da Rede Municipal de Educação, membros da Associação dos Autistas, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e da Associação dos Familiares e Amigos de portadores de Doenças Graves (AFAG). 

O segundo momento do evento foi marcado por palestras ministradas por profissionais da área da Educação Inclusiva. Uma das falas do seminário ficou por conta da professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), Márcia Magali,  que atua na Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia e é lotada na Escola Municipal Túlio Costa, Setor Pontal Sul II. 

Conforme explicou a Coordenadoria de Inclusão Escolar da SME, os temas abordados foram de suma importância porque trataram das vivências pedagógicas envolvendo o atendimento aos estudantes da Educação Especial, como por exemplo a flexibilização curricular e o uso de metodologias diferenciadas na Rede Municipal de Ensino. “Idealizamos o seminário para fechar o ano letivo de 2022, mostrando as atividades realizadas pelas escolas e para demonstrar como estamos, na prática, trabalhando para atender nossos alunos da rede que possuem algum tipo de deficiência”, pontuou a coordenadora de Inclusão Escolar da SME, professora Wuelta Coeles.

Na opinião de Guiomar da Silva, que é professora de Atendimento Especial Especializado (AEE), lotada na Escola Municipal Satélite São Luiz, o evento é um momento importante para mostrar para a comunidade os avanços da educação inclusiva em Aparecida. “Hoje temos 41 salas de AEE na rede e todas as nossas escolas têm pelo menos um professor de apoio, o que mostra que estamos trilhando o caminho para termos uma educação que consolide o ensino e aprendizagem  de nossos alunos”, concluiu.

Fonte: Gedeon Campos e Juliana Fulquim

Profissionais da Educação participam de formação para uso de óculos de leitura para deficientes visuais

A Secretaria Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia (Semec), por meio de sua coordenadoria de Inclusão Escolar, promoveu nesta manhã, no auditório de sua sede, o curso de formação teórico e prático para uso do óculos de leitura para deficientes visuais, Orcam MyEyes. Os participantes foram profissionais que atuam nas escolas, Cmeis, Emeis e também na Biblioteca Municipal Ursulino Tavares Leão. Estas instituições, na última semana, receberam exemplares desta tecnologia assistiva e farão uso do equipamento dentro da sala de aula nas atividades formais de ensino aprendizagem e em momentos de entretenimento de leitura recreativa, já que o recurso ficará disponível para a população.

O representante da fabricante do óculos , Ronilson Silva (na foto em destaque), conduziu o curso apresentando as especificações técnicas do produto e elencando as potencialidades e os públicos elegíveis para usar a tecnologia. “Estes óculos vão atender não só pessoas cegas ou com baixa visão, mas irá auxiliar nos processos pedagógicos de ensino para quem tem dislexia, déficit de atenção, analfabetismo e baixa visão. Essa é uma tecnologia israelense que tem atualizações periódicas que visam aprimorar a experiência de quem faz seu uso, desde a identificação de uma placa de sinalização em um estacionamento até a leitura de livros em língua estrangeira”.

A coordenadora de Inclusão Escolar da Semec, Wuelta Coeles, destacou a importância da aquisição do óculos na ampliação das melhorias do atendimento da Rede Municipal de Educação do município. “Esses óculos ampliam a autonomia das crianças cegas ou com baixa visão, eliminando intermediários entre elas e o mundo visual e real. Com eles essas crianças poderão fazer desde a identificação de objetos e cores até a leitura de livros, entre outros escritos, o que é um avanço em sua autonomia de aprendizagem pedagógica. Vivemos uma revolução no tangente à garantia dos direitos dos deficientes no Brasil e a aquisição deste aparelho pela Prefeitura de Aparecida se torna uma ação exemplar de cidadania neste sentido”.

A professora do Atendimento Educacional Especializado da Escola Municipal Caraíbas, Anna Cristina Silva e Souza, relatou que o óculos enviado a sua unidade servirá para uma aluna do 6° ano do Ensino Fundamental. “Com essa tecnologia, nossa aluna do 6° ano, que já é alfabetizada e conta com o auxílio de uma professora de apoio, terá a oportunidade pela primeira vez na vida de fazer a leitura de qualquer texto escrito de forma autônoma, seja um livro ou qualquer outro letreiro, numa experiência única em sua vida”, observou a profissional.

A professora de apoio escolar do Cmei José Vicente, no American Park, Eva Rodrigues Ferreira, relatou sua experiência com a Educação Infantil e contou como a tecnologia auxiliará no processo educacional de crianças. “Temos uma criança cega de dois anos e o uso deste óculos, em um primeiro momento, servirá para que ela consiga identificar, sozinha, as professoras e colegas de turma com quem convive diariamente. Quando ela tiver 4 ou 5 anos, esse óculos servirá para identificar objetos e iniciar seu processo de alfabetização. Essa ferramenta é fundamental para estimular a autoconfiança e a autonomia desta e de outras crianças que tiverem acesso a essa tecnologia”, frisou.

Representante da Biblioteca Municipal, Geraldo Teixeira Neto aproveitou a ocasião para relembrar os horários de funcionamento e os possíveis usos do óculos, que estará disponível gratuitamente para uso por qualquer cidadão no município. “Estamos à disposição da comunidade de segunda a sexta-feira, em dias úteis, das 8h ao 12h  e das 13h às 17h. Já temos pessoas interessadas em usar a tecnologia, que estão nos ligando para agendar horário. Temos um amplo acervo disponível com livros das literaturas brasileira e goiana, de cordel, romance, contos e também livros didáticos, que poderão ser lidos com esse óculos por quem for lá”, informou o profissional, acrescentando que os interessados em agendar um horário para o uso do equipamento na biblioteca poderá fazê-lo pelo número 3545-4809.

Segundo o IBGE de 2010, no Brasil existem mais de 6 milhões de pessoas com alguma deficiência visual e dados da coordenadoria de Inclusão Escolar da Semec revelam que há 17 crianças cegas matriculadas na Rede Municipal de Ensino em 2020. Com o curso, as primeiras quatro escolas e a Biblioteca Municipal, que na última terça-feira receberam os óculos das mãos do prefeito Gustavo Mendanha e da secretária de Educação Valéria Pettersen, já estão habilitadas para fazer o uso do Orcam MyEyes em Aparecida.

O Orcam MyEyes é um dispositivo de inteligência e visão artificial que fotografa, escaneia e informa em áudio, o que está escrito em textos de língua portuguesa, inglesa e espanhola, reconhece pessoas e produtos, identifica cores e cédulas de real, euros e dólar, além de informar por áudio também o dia e a hora em tempo real em um simples movimento de pulso.

Fonte: Felipe Fulquim

Seminário da Educação Especial discute avaliação e promoção dos alunos

Nos dias 26 e 27 de novembro, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (SEMECT), por meio da sua Subcoordenadoria de Inclusão Escolar, realizou o  “Seminário Educação Especial: Avaliação e Promoção”. O evento foi realizado no auditório do polo da UEG em Aparecida de Goiânia, setor Conde dos Arcos, e reuniu cerca de 400 profissionais que atuam com a Educação Especial nas escolas municipais.

O seminário foi idealizado com o objetivo de discutir os processos avaliativos específicos para a promoção da criança especial. Participaram professores de apoio, intérpretes e instrutores de Libras, professores de recurso especializado e professores de Braille. Divididos por grupos, em quatro encontros distintos realizados nos turnos matutino e vespertino, os profissionais participaram dentro do próprio horário de trabalho. 

Conforme pontuou a subcoordenadora de Inclusão Escolar da SEMECT, Wuelta Coeles, alguns fatores costumam implicar quando o assunto é a promoção da criança que possui necessidades especiais. Um deles é que é necessário considerar que a criança especial precisa ser avaliada de acordo com as suas dificuldades e limitações e considerar o seu desenvolvimento global, ou seja, aspectos relacionados à socialização, afetividade, expressividade gestual e o processo de desenvolvimento de atividades propostas especificamente para cada caso.

 “O estudante com deficiência é avaliado de uma forma diferente dos demais alunos da sala e tudo que ele produz deve ser considerado como um avanço, devido a suas limitações. O professor que atua na Educação Especial no município, com isso, trabalha cada atividade baseado nas dificuldades do aluno, com a intenção de vê-lo atingir os objetivos propostos”, observou Coeles.

Um outro fator que costuma implicar no processo de promoção dos alunos com necessidades especiais diz respeito à posição que geralmente algumas famílias têm em relação ao assunto. Há pais que costumam negligenciar o desenvolvimento do filho e colocar em primeiro lugar a comodidade da própria família.

Neste caso, é comum quesitos como localização da escola, qualidade da instituição escolar e o convívio com o profissional de apoio pesarem nas tomadas de decisões, a ponto de algumas famílias, volta e meia, clamarem pela reprovação do estudante. 

É o que revela, por exemplo, a professora Lesliene Darlei Aparecida de Paula (foto abaixo), professora de Braille na escola municipal Francisco Rafael Campos, Conjunto Planície, que é graduada em pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia e que, além do vasto currículo na área de Inclusão Escolar, há dez anos trabalha com alunos portadores de necessidades especiais.

“Este seminário veio para enriquecer nossa compreensão e me auxiliar na maior dúvida neste momento, que é a aprovação ou a reprovação. Meu aluno por exemplo, que tem deficiência visual total (cega), mas que desenvolveu maturidade e capacidade nas disciplinas, tem potencial para ir para a série seguinte, não devendo, portanto, ficar retido na série atual”, argumentou a professora.

Considerar exclusivamente o desempenho global do estudante na sua especificidade de aluno com necessidade educacional especial é, segundo orientação da Subcoordenadoria de Inclusão Escolar, o que deve ser levado em conta, quando o assunto é avaliação e promoção. “Nenhum aluno deve ficar reprovado por conta da comodidade da família, que é a maior barreira para o trabalho com alunos de inclusão”, frisou a subcoordenadora.  

Fonte: Gedeon Campos

IX SIENO – Semana da Inclusão da Escola Municipal Nova Olinda

De 04 a 08 de novembro a Escola Municipal Nova Olinda realizou a 9ª SIENO, uma semana de atividades voltadas para a Inclusão Escolar. A abertura oficial foi feita com a participação dos alunos da APAE e do AEE da unidade educacional. O evento, que é apoiado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (SEMECT), contou com a presença da subcoordenadora de Inclusão Escolar, Wuelta Coelis, no ato, representando secretária Valéria Pettersen. 

Ao longo da semana, a unidade educacional executou um cronograma de atividades, entre elas, danças, coreografias, oficinas, dinâmicas e práticas esportivas. Outro destaque da SIENO foi a presença dos artistas do Circo Panamericano que, no terceiro dia da Semana, se apresentaram para o público de alunos procurando interagir principalmente com as crianças especiais da unidade escolar.

De acordo com a diretora da instituição educacional, professora Maria Alice M. de Oliveira, a Semana de Inclusão da escola Nova Olinda procurou priorizar o envolvimento das crianças especiais com os demais alunos. “Nosso objetivo é sensibilizar, valorizar e trabalhar a interação dentro do ambiente escolar e levar os alunos a vivenciar como é a vida diária das pessoas que têm algum tipo de deficiência”, pontuou a diretora.

A gestora explicou ainda que, para que as crianças pudessem ter uma ideia dos esforços empreendidos pelas pessoas com deficiência, a escola realizou dinâmicas e atividades esportivas. De olhos vendados, as crianças foram colocadas para circular por um ambiente cheio de obstáculos que simulava o espaço urbano, locomovendo-se pelas guias de calçadas e sob o barulho do trânsito. 

A SIENO contou também com a presença de uma equipe feminina de voleibol formada por jogadoras que possuem dificuldades de mobilidade. A equipe se envolveu com as crianças realizando partidas de jogos em que todos tiveram de jogar sentados, simulando a maneira das para-atletas praticarem a modalidade. Tudo isso para levar o público a conhecer como é a vida e o esforço da pessoa com necessidade especial no sentido de superar as barreiras.

Aparecida de Goiânia sedia 3º Seminário Goiano de Educação Bilíngue

Aparecida de Goiânia sediará, durante os dias 17, 18 e 19 de setembro, o 3º Seminário Goiano de Educação Bilíngue. O evento, que é uma promoção da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (Semect) e do Instituto Federal de Goiás, Campus de Aparecida (IFG-Aparecida), trará para debater com o público interessado na temática os doutores Karin Strobel (UFSC), Flaviane Reis (UFU) e André Reichert (UFSC), profissionais reconhecidos nacionalmente pelas pesquisas e trabalhos publicados na área.

O seminário, cujas vagas já se encontram esgotadas, está previsto para acontecer em dois locais diferentes: no auditório do IFG-Aparecida, que fica no Parque Itatiaia, e na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (ACIAG), localizada no Setor Residencial Solar Central Park, logo abaixo do novo Paço Municipal.

Além da parceria entre a Semect e o IFG-Aparecida na parte organizacional do evento, a realização do 3º Seminário Goiano de Educação Bilíngue conta também com o apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Prefeitura de Goiânia, da Secretaria Estadual de Educação, do Sindicato dos trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), da Associação dos Surdos de Goiânia e do CAS, entidade especializada na capacitação profissional e no atendimento a pessoas com surdez. 

O seminário está organizado em cinco eixos distintos. Durante os três dias, haverá palestras, oficinas, relatos de experiência, mesas redondas e apresentação de pôsteres realizada pelos alunos da Faculdade de Letras da UFG. 

Eixos temáticos:

Eixo 1: Educação de Surdos: Política, História e Cultura

Eixo 2: Práticas Inovadoras: Tecnologias e Metodologias de Ensino Bilíngue

Eixo 3: Teorias Linguísticas Aplicadas à Libras: descrição, ensino e aquisição

Eixo 4: Povo Surdo: Memória e Representatividade

Eixo 5: Formação de Professores e Educação Bilíngue

Eixo 1: Educação de Surdos: Política, História e Cultura

Eixo 2: Práticas Inovadoras: Tecnologias e Metodologias de Ensino Bilíngue

Eixo 3: Teorias Linguísticas Aplicadas à Libras: descrição, ensino e aquisição

Eixo 4: Povo Surdo: Memória e Representatividade

Eixo 5: Formação de Professores e Educação Bilíngue

Serviço:

Data: de 17 a 19 de setembro (de terça a quinta-feira)

Abertura: dia 17/09, às 18h

Local: ACIAG – Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Av. Francisco Inácio Ferreira – Res. Solar Central Park, Aparecida de Goiânia – GO, 74968-507)

Entrada: Somente inscritos

Semana de orientação individualizada para profissionais que atuam no Atendimento Educacional Especial (AEE)

A equipe técnica da Subcoordenadoria de Inclusão Escolar da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo de Aparecida de Goiânia (Semect) iniciou nesta terça-feira, 20/08, sua agenda de orientação individualizada voltada para os professores que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE). Os encontros seguem até a próxima quinta-feira, 22, e acontecem no auditório da própria Secretaria de Ensino, no Setor Araguaia.

De acordo com o que adianta a subcoordenadora de Inclusão Escolar Welta Coelis, nesta ação em específico, os profissionais de cada uma das 37 escolas municipais que possuem salas de AEE estão sendo atendidos e orientados de maneira individualizada. Da equipe técnica, recebem instruções que visam ao norteamento dos procedimentos pedagógicos referentes ao trabalho com o aluno e quanto ao cumprimento da parte documental. Exemplo disso, segundo pontua, seria a avaliação do plano de ensino do professor para a execução dentro da sala de recurso multifuncional.

Nas escolas do município há duas espécies de atendimento ao aluno especial. Aquele que é ofertado pelo professor de apoio e o que é de responsabilidade do professor de recurso, por sua vez, conhecido também como professor de AEE. Diferente do professor de apoio, que atua diretamente com o aluno em seu respectivo turno escolar, o professor de AEE tem atuação no contraturno voltada para o público, que pode ser formado por alunos da unidade e de escolas adjacentes que façam parte do sistema educacional municipal. 

Os alunos atendidos em salas de AEE são aqueles que apresentam algum tipo de deficiência, impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, entre outros. A atuação dos professores junto ao público composto de alunos especiais é realizada por meio de adequação do material didático e da utilização de recursos específicos, no sentido de contribuir com o desenvolvimento da criança, considerando as características de aprendizagem de cada um em decorrência do tipo de comprometimento apresentado. 

“O professor de AEE tem uma missão muito grande. Ele tem que executar os recursos para que a criança consiga desenvolver dentro da sala de aula, precisa realizar um plano de ensino individual, porque mesmo atendendo em grupo de cinco crianças, cada aluno desenvolve de uma maneira”, observa a subcoordenadora de Inclusão da Semect.

Larissa Azevedo Aragão, professora de AEE da escola municipal Camila Scaliz, Setor Expansul

A psicopedagoga Larissa Azevedo Aragão há três anos atua na sala de AEE da escola municipal Camila Scaliz Figueiredo, Setor Expansul. Durante o atendimento individualizado pela equipe técnica da Secretaria, frisou sobre a importância de participar do momento de orientação proposto pela Semect. Segundo enumerou, o encontro serviu para trocar experiência, para que pudesse receber orientações para a melhoria no andamento das atividades. “Levo várias sugestões anotadas para poder executar durante os atendimentos”, arrematou.

Semelhante é a opinião da pedagoga Ana Flávia Morais e Moura. Há sete anos atuando como professora de AEE na escola municipal Benedito Rodrigues, Jardim dos Pomares, ela ressaltou que a orientação e monitoramento é uma forma também de respaldar os professores em suas atuações junto às famílias. “Traz para nós mais segurança para desenvolvermos ações com a segurança de sermos mais assertivos em nossas ações”, comentou, acrescentando que o trabalho do AEE em Aparecida de Goiânia é magnífico pelo que faz com os alunos e com as famílias de modo que, na sua opinião, precisa continuar com a mesma excelência.

Ana Flávia Morais e Moura, escola municipal Benedito Rodrigues, Jardim Pomares

Histórico

O serviço de Atendimento Educacional Especial em Aparecida de Goiânia começou em 2010 e atualmente atende mais de 700 crianças. No caso das escolas da rede municipal que não possuem salas de AEE, os alunos com necessidades especiais são encaminhados para uma das escolas da rede que possui o recurso. É o caso, por exemplo, da escola municipal Cora Coralina, Jardim Florença, que recebe alunos das escolas municipais do Setor Independência Mansões e das demais unidades educacionais dos bairros adjacentes.

No final do primeiro semestre, a Subcoordenadoria de Inclusão Escolar realizou uma semana de oficinas voltadas para os professores de apoio e para os que atuam nas salas de AEE. Professora de AEE na escola municipal Caraíbas, Ana Cristina Silva, 38 anos, a respeito do encontro descreveu, à época, sua satisfação em participar do evento promovido pela Inclusão Escolar. “É muito gratificante, porque possibilita a troca de experiência e nos permite agregar no nosso trabalho aquilo que tem dado certo na atuação de nossos colegas”, salientou a professora, que há 15 anos trabalha na inclusão em salas de AEE na rede municipal de Aparecida de Goiânia   

Capacitação dos professores da Educação Especial

No último dia 07, terça-feira, durante os períodos matutino e vespertino, no auditório da Universidade Estadual de Goiás, UEG-Aparecida, que fica localizado no Setor Conde dos Arcos, os professores que atuam no apoio a alunos especiais foram recebidos pela equipe da Subcoordenadoria de Inclusão Escolar da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Tecnologia para participar de momentos voltados para a formação destes profissionais. Os encontros serviram para levar a estes servidores informações inerentes ao trabalho a ser desenvolvido nas unidades escolares, junto às crianças que compõem o público alvo da educação especial na rede pública do município de Aparecida de Goiânia.

Durante o evento foram abordados temas como inclusão escolar e diretrizes curriculares da rede municipal de Aparecida. Também foram pontuadas como devem ser desenvolvidas as ações no correr do ano letivo de 2019, como desenvolver e conduzir as atividades envolvendo os alunos especiais, como realizar registros, flexibilizar atividades e avaliações de crianças que são acompanhadas por estes profissionais. De acordo com a subcoordenadora do departamento de Inclusão Escolar, professora Wuelta Coelis, o encontro foi bastante proveitoso, porque permitiu reunir de forma massiva os servidores que atuam na educação especial do município e alinhar junto com eles a prática pedagógica, tendo em vista que muitos deles iniciaram neste ano de 2019 o trabalho com a educação especial. “A capacitação é um momento importante e significativo, porque abre espaço tanto para a Secretaria dotar os profissionais de informações sobre as práticas inerentes ao trabalho e em relação ao que é documental, quanto para os próprios servidores que atuam diretamente nas unidades escolares, já que, durante os encontros, realizamos dinâmicas que permitem o depoimento e a troca de experiência entre os participantes”, explica a subcoordenadora.

Novos encontros formativos devem acontecer ainda neste semestre, envolvendo os profissionais da inclusão escolar da rede educacional do município de Aparecida de Goiânia. As datas, locais e temas serão divulgados em breve.

Escolas realizam Semana de Conscientização do Autismo

Em 02 de abril comemora-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data que foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de dezembro de 2007, com a finalidade de alertar sociedades e governantes acerca dos transtornos condicionados ao neurodesenvolvimento, como forma de derrubar preconceitos e levar esclarecimentos à população em geral. Em Aparecida de Goiânia, para comemorar a data, as escolas que fazem parte da rede municipal de educação, sob orientação da Subcoordenadoria de Inclusão Escolar, vêm realizando atividades ao longo de toda esta primeira semana do mês, como forma de contribuir com o fortalecimento da compreensão de toda a comunidade escolar em relação ao tema.

Os trabalhos de conscientização acontecem ao longo de todo o ano letivo nas unidades da rede municipal de Aparecida de Goiânia, mas é intensificado neste período de abril em razão da data estabelecida mundialmente, em ações como as que vêm sendo realizadas pela Escola Municipal Parque Santa Cecília e pela Escola Municipal de Educação Integral (EMEI) Retiro do Bosque. Nestas e em outras unidades, os profissionais se mobilizam elaborando painéis, assistindo a filmes sobre o tema e promovendo dinâmicas envolvendo os alunos, no sentido de promover a sensibilização dos mesmos para a aceitação da diferença, assim, superando as barreiras do preconceito.

Maria de Fátima Nascimento Freitas, Apoio no EMEI Retiro do Bosque, é uma profissional com alguns anos de experiência em atuar com crianças que apresentam necessidades especiais. Mestranda em formação de professor para inclusão, aproveitou a semana para palestrar aos alunos da unidade escolar sobre a necessidade de se compreender o que é uma criança autista.  “É importante que os alunos entendidos como normais visualizem o autista, saibam que a criança autista está acarretada de transtornos biológicos, neurológicos e que, por isso, não conseguirá se comportar dentro dos mesmos padrões, pois a formação sináptica dela é diferente”, afirma, acrescentando que a quebra de sinapse é a fixação dos órgãos de sentidos em pontos específicos, seleção que permite fixar a atenção e, por consequência, promover a aprendizagem.

Professora regente há 17 anos e que há três trabalha no apoio a crianças especiais no Emei Retiro do Bosque, Angélica Pereira Duarte faz uma avaliação positiva das ações voltadas para a conscientização no que diz respeito ao atendimento ao aluno especial, principalmente em se tratando do aluno autista, porque, segundo ela, diferente de uma criança com síndrome de down, cujas informações de que se trata de ser uma pessoa especial já estão na sua forma física, no caso do autista, essas informações não estão aparentes e só irão se revelar nas características comportamentais. “É muito difícil diagnosticar o autista quando não há prejuízo cognitivo, porque fica parecendo que a criança é uma criança pirracenta, teimosa”, comenta, justificando as razões de, muitas vezes, o professor flexibilizar tarefas e momentos para que haja rendimento de aprendizado com o aluno autista.

Diretor da Emei Retiro do Bosque, Isaías Sousa Silva, fala da importância do trabalho de conscientização. “Nosso trabalho é fazer com que as crianças convivam com as outras, nos atos de aprendizagem, nas atividades recreativas, na convivência, na socialização, o mais naturalmente possível”, assegura. Wuelta Coeles de Oliveira, responsável pela Subcoordenadoria de Inclusão Escolar da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo, assegura que o maior problema da criança autista é o social, o que justificaria a necessidade de crianças com esse tipo de característica frequentar a escola para que possam interagir com as demais e se desenvolver da maneira que for possível a ela. “A educação inclusiva hoje vem apresentando vários fatores positivos em relação aos alunos com deficiência dentro da rede municipal de Aparecida”, assegura a subcoordenadora, destacando casos de crianças que chegaram às unidades escolares com graus elevados de comprometimentos, muitas delas que nem se reconheciam em si mesmas, outras que não conseguiam estabelecer a menor interação, mas que, a partir do apoio e do trabalho sistemático, já teriam alcançado metas importantes na vida delas. “Trabalhar com a inclusão não é fácil, são muitos os desafios encontrados, mas também não é impossível”, arremata, salientando que, para isso, as unidades escolares contam com o amparo da equipe da Subcoordenadoria de Inclusão Escolar, que faz o acompanhamento dos professores de apoio com orientações pedagógicas, adequando as ações ao currículo.

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