Professores do Fundamental I concluem curso de formação continuada

Postado em: 01/12/2022

Durante oito encontros, os participantes tiveram aulas com professores capacitados, fizeram trocas de experiências e puderam fazer uma avaliação crítica da prática docente e dos resultados obtidos em suas aulas

O Centro de Formação de Profissionais da Educação de Aparecida de Goiânia (CEFEP) concluiu na noite desta quarta-feira, 30, o curso Conceitos Básicos para o Ensino de Português e Matemática no Ensino Fundamental. Realizado entre os meses de março a novembro e ministrado por meio de plataformas digitais com transmissão pelo canal do YouTube, os encontros contaram com a participação de professores das escolas municipais, incluindo as de tempo integral, unidades que oferecem o Ensino Fundamental.  

O curso foi ministrado em oito encontros mensais, totalizando 40 horas de estudos. As palestras foram proferidas por profissionais especialistas, mestres e doutores ligados à rede municipal de Aparecida de Goiânia e a instituições como IFG, UEG e UFG, que trataram de assuntos voltados para a aprendizagem nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa. 

Para a diretora do Centro de Formação, professora Maria Lúcia Pacheco Duarte, a formação foi uma oportunidade de reavaliar as dificuldades nas duas disciplinas críticas e de pensar estratégias de superação, principalmente depois de um momento sensível em que a educação vive os reveses de uma pandemia. “Ao longo dos encontros foram debatidas especificidades da aprendizagem e promovido momentos de reflexão sobre a prática educativa”, avaliou a diretora. 

Para o secretário da pasta de Educação, professor Divino Gustavo, oferecer a oportunidade de formação continuada tem sido uma das marcas da Secretaria Municipal de Educação de Aparecida que, por meio do seu Centro de Formação, tem cuidado de propor temáticas que condizem com as demandas mais urgentes da rede. “Possibilitar a formação dos profissionais é investir na qualidade da educação. Uma das metas da atual gestão é justamente melhorar a proficiência dos alunos, de modo que os encontros formativos são uma oportunidade para os professores trocarem experiência e avaliarem os resultados obtidos na dinâmica do ensino e aprendizagem”, arrematou.

Fonte: Gedeon Campos e Juliana Fulquim

Ciclo de estudos encerra agenda de palestras de formação de professores

Postado em:07/11/2022

No último dia 03, quinta-feira, aconteceu o encontro de encerramento do “Ciclo de Estudos: desafios e perspectivas para a docência na Educação Básica”. Realizado sempre às quintas-feiras, entre 19 e 21h, por meio do canal do YouTube, o evento foi promovido pelo Centro de Formação dos Profissionais da Educação de Aparecida de Goiânia da Secretaria Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia (CEFPE/SME).

O Ciclo de Estudos aconteceu entre os meses de maio a novembro deste ano e discutiu importantes temáticas envolvidas com a educação pública. Contou com a participação de profissionais ligados a algumas das principais universidades públicas do estado e do país, que proferiram palestras voltadas para a formação docente, englobando assuntos relacionados à gestão escolar, à Educação Infantil, à Educação Especial e à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os encontros foram todos gravados e seguem disponíveis na plataforma YouTube. Os interessados nos conteúdos podem acessar a página do CEFPE de Aparecida de Goiânia.  

O primeiro encontro do Ciclo de Estudos aconteceu em 05 de maio, quando a doutora Rosane Maria de Castilho (UEG/GO) proferiu a palestra com o tema Comunidade Escolar e estratégias de apoio em saúde emocional: retomando atividades nos espaços educacionais. O segundo e o terceiro encontro aconteceram no mês de agosto. No dia 04, a doutora Kátia Curado Silva (UnB) debateu a função social da educação pública na formação de escolas humanizadoras, emancipadoras e transformadoras. No dia 18, foi a vez da doutora Alessandra Arce Hai (UFSCar/SP), que abordou sobre o papel do professor e do ensino na Educação Infantil na formação cognitiva e no desenvolvimento afetivo das crianças. 

A palestra sobre a Educação Especial aconteceu dia 06 de setembro (4º encontro) e foi ministrada pelo doutor Régis H. Silva (Unicamp/SP) que falou da formação dos educadores em uma perspectiva anticapacitista. Já a doutora Margarida Machado (UFG/GO), no 5º encontro realizado em 06 de outubro, debateu sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA) analisando as dicotomias entre o mundo do trabalho e o direito à educação.   

No encontro que marca o encerramento do Ciclo de Estudos, a doutora Marilda Gonçalves (UEM/PR) discute o tema “A escola e o processo de humanização: desafios em tempos de desvalorização do conhecimento”. A professora destacou, entre outras coisas, que os processos de humanização estão condicionados à possibilidade de os sujeitos, professores e alunos, terem acesso aos bens culturais produzidos pela humanidade. 

De acordo com a diretora do Centro de Formação, professora Maria Lúcia Pacheco Duarte, o Ciclo de Estudos deve contribuir para o desenvolvimento de uma política de formação continuada fundamentada em preceitos científicos, oportunizando aos professores uma constante reflexão em torno da prática pedagógica. “Acreditamos que, além de potencializar o diálogo entre a Rede Municipal e as Instituições de Ensino Superior, é uma possibilidade de garantir uma maior organicidade, mobilização e ampliação de vias para a discussão de temáticas que desafiam a docência na atualidade”, frisou.

O secretário municipal de Educação, professor Divino Gustavo, que fez questão de acompanhar as discussões, explicou que o Ciclo de Estudos demonstra a maturidade da rede e é uma importante contribuição da Secretaria Municipal de Educação (SME) que, por meio do Centro de Formação, possibilita momentos de debates com o propósito de fortalecer a Educação Básica. “É uma satisfação contar com a disposição desses profissionais que se preocupam com o ensino público de qualidade e que, no sentido de fortalecer a nossa rede, estão sempre pensando em temas voltados para a formação continuada. Meu reconhecimento ao Centro de Formação e aos participantes pelo empenho”, finalizou. 

Fonte: Gedeon Campos e Juliana Fulquim

Educação Municipal promove palestra motivacional

Postado em: 19/08/2022

Em parceria com o Sebrae, palestra realizada em dois turnos foi ministrada pela psicóloga Magda de Paula para os profissionais de escolas e CMEIs 

Nesta sexta-feira, 19, os professores da Rede Municipal da Educação de Aparecida de Goiânia participaram de uma palestra motivacional com o tema “Quando a Gente Ama é Claro que a Gente Cuida”. Realizado no período da manhã e da tarde no Anfiteatro Municipal Cantor Leandro, o evento é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e o SEBRAE e contou com palestra ministrada pela Coach Executivo Magda de Paula. 

A palestrante, que também é Psicóloga e mestre em Gestão da Qualidade pela Unicamp, explicou que o cronograma foi criado a partir da canção, mas com o objetivo de estender para uma profunda reflexão sobre a vida profissional e o papel dos educadores. “Vamos falar sobre nossas crenças sobre o ensino, sobre a capacidade das pessoas de aprender e desenvolver, sobre desafios, liderança e sobre as necessidades de cada aluno enquanto ser humano”, adiantou.   

De acordo com o secretário de Educação, professor Divino Gustavo, a palestra foi direcionada a todos os professores lotados em escolas, CMEIs e Entidades Conveniadas. Foi pensada com o objetivo de proporcionar a esses profissionais um momento de qualidade para refletir acerca da importância do trabalho docente e de como lidar com os desafios que vêm se apresentando com o retorno presencial das atividades escolares. “Depois de reuniões e conversas com professores e equipes gestoras, nós observamos que a retomada das aulas presenciais tem revelado às escolas novos desafios, de maneira que proporcionar esse tempo com essa palestra é de suma importância”, pontuou o secretário.

Eder José de Oliveira (foto acima), que é gerente regional do SEBRAE em Aparecida de Goiânia, explicou que o órgão tem tradição no trabalho de capacitação de pessoas por meio das atividades de gestão do empreendedorismo. Afirmou também que a aproximação com a SME teria se dado por meio do programa Educação Empreendedora, que costuma levar para a sala de aula os conhecimentos de gestão de negócios. “Além de falar de inovação e do empreendedorismo, a palestra tem um caráter motivacional e deve enaltecer a importância dos professores na vida das crianças e na transformação da realidade”, comentou. 

A palestra mobilizou a Rede Municipal de Ensino e os professores puderam participar nos seus respectivos turnos de trabalho. Para a professora Celina Xavier, 44, que é coordenadora no CMEI Joeslene Martins, Setor Madre Germana I, o evento aprimora as discussões sobre como voltar à normalidade depois de tempos tão difíceis. A opinião de Celísio Nunes de Souza, professor de Língua Inglesa na Escola Municipal Pontal Sul, 58, não é muito diferente. Ele acredita que palestras assim podem trazer para os professores uma nova visão de como os jovens veem as questões do aprendizado. “É uma oportunidade de pensar novas práticas em termos de ensino e aprendizagem”, arrematou. 

Fonte: Gedeon Campos e Juliana Fulquim

Foto: Claudivino Antunes

Educação de Aparecida inicia sua Jornada de Estudos 2021

Publicado em 09/03/2021

Os “Desafios do Trabalho Pedagógico no Ensino Fundamental” é o tema deste ano da Jornada de Estudos 2021. Formação continuada dos profissionais da Rede Municipal de Educação (RME) de Aparecida de Goiânia, a jornada acontecerá entre os meses de março a dezembro e debaterá o tema ao longo de dez encontros, sempre na última quinta-feira de cada mês, entre 19 e 20h. O evento, que será realizado por meio de videoconferências e estará aberto ao público em geral, e principalmente aos servidores das escolas e CMEIs vinculadas à ao município, contará com a participação de palestrantes de renome no estado e no país.

A abertura oficial da Jornada de Estudos ocorreu na noite da última sexta-feira, 05, entre 19 e 21h. Participaram da videoconferência inaugural o secretário da pasta de Educação, Divino Gustavo, e a superintendente de Ensino, Idelma Oliveira. Na ocasião, ambos ressaltaram a importância da formação continuada como meio de preparar o profissional para a prática e como uma das vias para se enfrentar os desafios por que passa a Educação. “É um tema muito proveitoso que vai tratar do Ensino Fundamental, falar dos desafios que, por sua vez, não se dão apenas no âmbito da formação, mas também relacionados ao momento em que estamos vivendo”, lembrou o secretário, numa alusão aos esforços dos profissionais da rede em manter um trabalho pedagógico de qualidade em tempos de pandemia, ocasião em que as aulas estão sendo realizadas por meio de atividades remotas seguindo o Regime de Aulas Não Presenciais (REANP).

Secretário de Educação, professor Divino Gustavo, por ocasião da abertura da Jornada de Estudos 2021

A palestra que abriu os trabalhos da Jornada foi proferida pelo professor Ivo Tonet, doutor em Educação pela Universidade Estadual Paulista e professor de Filosofia na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Referência nos debates sobre Educação no país e já com diversas obras no currículo tratando do assunto, Ivo Tonet falou da “Organização Escolar e as Práticas Pedagógicas para a Emancipação Humana”. Dando ênfase aos conflitos entre Educação e modelo social, o palestrante criticou o processo de fragmentação do conhecimento, entendido por ele como uma das estratégias de manutenção da exclusão social que deixa o trabalhador cada vez mais distantes dos bens materiais e culturais produzidos pela humanidade e, portanto, como principal percalço para a emancipação total dos indivíduos. “É preciso saber o que é emancipação humana, quais são os meios para atingi-la e como a educação pode contribuir neste sentido”, destacou o palestrante.

Palestrante da conferência de Abertura da Jornada de Estudos 2021, prof. Dr. Ivo Tonet

A conferência inaugural foi bastante comentada no decorrer da palestra por meio do chat disponível na plataforma e arrancou elogios dos participantes que, a exemplo da professora Michele Leite, 38, mestre em Educação e coordenadora geral da EMEI Monteiro Lobato (Setor Jardim Tiradentes), ressaltou a importância de formar professores conscientes do seu papel social e compromissados com os filhos da classe trabalhadora. “Penso que esta proposta formativa voltada aos professores da rede de Aparecida de Goiânia traz discussões necessárias, sobretudo em tempos tão difíceis para educação”, frisou.

A Jornada de Estudos 2021 foi elaborada pelo Centro de Formação dos Profissionais da Educação (CEFPE), organismo ligado à Secretaria Municipal de Educação de Aparecida, em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas Trabalho Docente e Educação Escolar (TRABEDUC), coordenado pela professora Dra. Sandra Limonta, docente da Faculdade de Educação da  Universidade Federal de Goiás. A proposta formativa tem como fundamentação teórico-metodológica a Teoria Histórico-Cultural baseada nas propostas de Vigotski, Luria e Leontiev. Ao final dos encontros será emitido certificado com a carga horária equivalente à participação de cada cursista.

CRONOGRAMA

1º Encontro

Dia: 25/03 

Assunto: A BNCC no contexto das reformas educacionais no Brasil – reflexões sobre conhecimento escolar e currículo

2º Encontro

Dia: 29/04

Assunto: Trabalho pedagógico na escola pública de Educação Básica

3º Encontro

Dia: 27/05 

Assunto: Formação de professores no Brasil: história, políticas e concepções

4º Encontro

Dia: 24/06

Assunto: Educação escolar, aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva da teoria histórico-cultural

5º Encontro

Dia: 05/08 

Assunto: Periodização do desenvolvimento humano na perspectiva da teoria histórico-cultural

6º Encontro 

Dia: 26/08

Assunto: Aprofundando a compreensão da atividade de estudo na perspectiva da teoria histórico-cultural

7º Encontro

Dia: 30/09

Assunto: Gestão Escolar e a organização do trabalho pedagógico

8º Encontro

Dia: 21/10 

Assunto: Reflexões sobre o ensino e a mediação das tecnologias na perspectiva da teoria histórico-cultural

9º Encontro

Dia: 25/11 

Assunto: Educação de Jovens e Adultos: história, políticas e perspectivas

10º Encontro

Dia: 16/12

Assunto: Educação Especial na perspectiva da inclusão: a formação humana em debate

Fonte: Gedeon Campos

Prefeitura de Aparecida reúne 4,5 mil servidores da Educação para organização do trabalho pedagógico

A Prefeitura de Aparecida, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (Semect), promove nesta quarta e quinta-feira, 22 e 23, encontro para Formação em Rede para todos os servidores das escolas municipais e CMEIs da administração municipal. Marcaram presença na ocasião, o vice-prefeito Veter Martins e a secretária Valéria Pettersen (Educação e Cultura) que destacaram a organização do trabalho pedagógico e o alinhamento das ações a serem executadas durante o ano letivo.

A abertura da organização dos trabalhos pedagógicos foi realizada na manhã desta quarta-feira, 22, no Centro de Cultura e Lazer José Barroso, no setor Residencial Solar Central Park, e deve reunir nesses dois dias cerca de 4,5 mil profissionais da Educação entre professores e técnicos administrativos

O tema da formação para este ano tem como foco os diálogos sobre a organização do trabalho pedagógico. Entre os temas abordados estão Gestão Escolar, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial Inclusiva.

“Nosso compromisso é investir muito mais na Educação, na valorização dos profissionais da área, no ensino de Robótica e no incentivo das nossas crianças. O ambiente escolar é ideal para a formação da cidadania e do ensino-aprendizagem das nossas crianças”, destacou o vice-prefeito Veter Martins.

Durante discurso, a secretária Valéria Pettersen, destacou os avanços da Educação em Aparecida nos últimos anos e enalteceu a valorização dos profissionais que atuam na rede municipal. “São exemplos dos avanços que tivemos nos últimos dois anos em Aparecida, o pagamento do Piso Nacional do Magistério, investimentos na construção e reforma das unidades de ensino, captação de recursos federais com a ajuda de deputados e senadores, formatação de convênios para atendimento da fila de espera do Cadastro Reserva, implementação do ensino da robótica e das aulas de reforço no contraturno escolar”, afirmou.

Segundo Dia

Nesta quinta-feira, 23, serão oferecidos minicursos e oficinas nos polos da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e do Instituto Federal de Goiás (IFG) em Aparecida. O Eixo “Ensino Fundamental” também será debatido por blocos específicos. A primeira fase, envolvendo pedagogos que atuam nas séries de 1º ao 5º ano, no IFG, no Parque Itatiaia.

A Inclusão Escolar, envolvendo professores de Apoio e Recurso, professores de AEE, Intérpretes e Instrutores, será debatida na EMEI Retiro do Bosque. Merendeiros, Auxiliares de Secretaria, Auxiliares de Serviços Diversos e Bibliotecários, que compõem o grupo dos Servidores Administrativos, participarão de encontros que serão realizados no polo da UEG e no IFG.

Fonte: Felipe Fulquim

Foto: Enio Medeiros

Projeto Aprendizagem em Ação: oficina na matemática realiza formação continuada

[Encontros prometem dinamizar o aprendizado na disciplina por meio da atualização e capacitação profissional de professores da área de matemática e pedagogos que atuam no 5º ano do Ensino Fundamental]

Os professores da área de matemática e pedagogos que atuam no 5º ano do Ensino Fundamental nas escolas do município reuniram-se no último dia 04, terça-feira, no auditório do Campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Aparecida de Goiânia. Foi o terceiro encontro que a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo (Semect) promoveu só neste primeiro semestre de 2019 envolvendo os profissionais da rede e o segundo com a presença do professor Inácio de Araújo Machado, especialista em avaliações de larga escala, em desenvolvimento de aprendizagem e em potencialização dos índices educacionais como Ideb, Enem e Saeb.

A oficina para professores que aconteceu neste mês de junho fecha o ciclo dos três encontros promovidos pela Editora Sertões, dentro do cronograma que foi estabelecido para a implantação do projeto Aprendizagem em Ação: oficina da matemática. A primeira formação aconteceu nos dias 05 e 06 de fevereiro, ocasião do lançamento do projeto, que contou com as presenças da secretária de Educação Valéria Pettersen, da doutora Lina Kátia Mesquita (UFJF/MG), que atua junto ao Caed, organismo responsável pelo monitoramento de rendimento escolar por meio de avaliações externas como Prova Brasil, e de Fabiana Ubriaco, autora dos quatro fascículos que fazem parte do programa publicado pela Editora Sertões.

De acordo com o professor Inácio de Araújo, o primeiro encontro dele com os profissionais da rede municipal de Aparecida, que aconteceu em 05 de abril, serviu para discutirem sobre a apropriação do material do programa e para trabalharem as principais concepções que cercam os métodos inerentes aos fascículos do Projeto Aprendizagem em Ação, entre os quais, as concepções fundamentais envolvidas no processo de aprendizagem que é a taxonomia de Benjamin Bloom e a sua teoria da resposta ao item.

No encontro do dia 04 de junho, os professores aprofundaram as discussões em tipologia de conteúdos com base nas fundamentações de Antoni Zabala. Segundo avalia, as tipologias são fundamentais no processo de desenvolvimento e planejamento da aula. “A ideia é nós trazermos o material de Aprendizagem e Ação de Matemática da Editora Sertões, apropriar os professores desse material, que trabalha com habilidades e competências nas matrizes de referência do SAEB, e, em paralelo, a gente para para planejar as aulas”, explicou.

 Ensino personalizado

Uma das novidades que o professor Inácio apresentou na segunda formação diz respeito à concepção de se adotar no cenário das aulas metodologias que contemplem o ensino personalizado. Para isso, apresentou dois modelos chamados de modelo Vark e modelo Couby. Ambos os modelos dizem respeito às condições e modos de aprendizagem por parte da criança considerando sua singularidade para a apropriação do conhecimento. O modelo Vark, por exemplo, faz referência às diferentes formas de aprendizagem e considera que há alunos que aprendem explorando mais o campo visual, enquanto outros podem ser mais aptos a aprender focando sua atenção por meio de habilidades auditivas. Do mesmo modo, haveria distinções de aprendizagem envolvendo alunos a depender da maior ou menor afeição deles para a leitura ou para a escrita.

O modelo Couby, por sua vez, é uma metodologia educacional que parte da noção de que no processo de aprendizagem os estudante apresentam características comportamentais bem variadas. Por um lado, há alunos mais concentrados, mais observadores e, por outro, alunos que perdem a concentração. “A ideia é, amarrando com a taxonomia de Benjamin Bloom, perceber em que categoria cada estudante está, se no nível abaixo do básico, mediano ou avançado, sempre voltado para a avaliação, que é o nosso foco”, afirma.

 

Dificuldades de aprendizagem e planejamento escolar

Além do debate focado no ensino personalizado com base nas orientações metodológicas de Vark, Couby e na taxonomia de Benjamin Bloom, os encontros serviram para oferecer orientações sobre as características avaliativas do SAEB e, principalmente, para reintroduzir no seio da comunidade docente a ideia do planejamento escolar. “Não se desenvolve a aprendizagem, não se potencializa índices sem um bom planejamento escolar”, pontua o professor Inácio, elogiando a gestão municipal pela iniciativa de investir na formação continuada dos professores.

Questionado sobre quais seriam as principais dificuldades que os alunos apresentam na disciplina de matemática, o professor explica que, no caso das exigências do SAEB, haveria uma série de descritores compreendidos como habilidades mínimas. Dentro dessas habilidades, o estudante costuma apresentar enorme dificuldade de resolver problemas, dificuldades de ler o que está escrito, de compreender informações, de processar e de entender qual operação matemática é solicitada na prova. “O estudante tem muita dificuldade na matemática básica, em saber operar as quatro operações, em saber multiplicar, em saber resolver uma fração”, descreve.

Nos casos de ENEM, que compreendem o estudante na conclusão do Ensino Médio, as maiores dificuldades estariam relacionadas à questão de análise das informações e de retirada de sub-informações porque, segundo o professor avalia, muitas vezes, o aluno não consegue diferenciar características numéricas básicas, tais como número par, número ímpar, número primo, número quadrado perfeito, entre outros.

 

Transposição didática

A melhoraria do desempenho em matemática básica, sobretudo, no que diz respeito ao desenvolvimento das quatro operações, conforme sugere o professor Inácio, seria introduzir em sala de aula conceitos matemáticos voltados, porém, para sua aplicação no cotidiano, o que recebe o nome de transposição didática. “O professor tem que trazer a prática da sociedade, da matemática que tem em casa, no banheiro, na cozinha, na rua”, aconselha, acrescentando que, embora o ensino da tabuada seja fundamental, só ela não seria suficiente para promover o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade. “Não existe essa conversa de que não se estuda tabuada. Tem que estudar, mas sempre contextualizando”, pondera.

 

Relação com a língua portuguesa

Comentando sobre a relação de dependência da disciplina com a língua portuguesa, muito comum nas observações de professores quando se deparam com o fracasso dos alunos, o professor Inácio esclarece que, a primeira coisa a se pensar é que leitura e escrita são de responsabilidade de todos os componentes curriculares. Ele explica que, em específico, na disciplina de matemática, há a alfabetização e o letramento matemático, que envolveria apresentar ao aluno a linguagem própria da disciplina que, por sua vez, seria mais específica e técnica. E seria, portanto, a partir da apropriação dos conceitos envolvendo as relações algébricas, a geometria, as fórmulas que o professor passaria para a sua aplicação na sociedade. “É isso que o ENEM quer, é isso que as Olímpiadas de Matemática querem, é isso que o PISA quer, é isso que nós pretendemos desenvolver, um estudante que seja capaz de se apropriar de conhecimentos matemáticos e fazer uso disso no dia a dia”, finaliza.

 

Depoimentos

Formada em pedagogia e geografia, professora do 5º ano na Escola Municipal Antônio de Souza Lopes, Setor Alvorada Sul, Deraçueide Alves de Sousa dos Santos comenta sobre o dia de formação proporcionado aos professores da rede municipal. “Essa formação é importante. A gente passou a entender melhor os conceitos, como trabalhar com o que o aluno pensa na matemática, porque uma coisa é ele pensar enquanto eu dou aula, a outra coisa é ele pensar como matemática”, comenta a professora destacando que os alunos apresentam muita dificuldade no domínio da matemática básica e que, neste caso, é necessário uma campanha que envolva parceria entre escola e família, a fim de assegurar que o aluno estude e se dedique nas atividades de casa como forma de reforçar as tarefas promovidas em sala.

Elaine Dias Gonçalves, que é professora de matemática e ministra aulas para o 5º ano da Escola Municipal Ari Caetano, Setor Cidade Vera Cruz, é outra profissional que compreende os encontros de formação continuada promovidos pelo município como uma iniciativa positiva por parte da Secretaria de Educação. “A formação possibilita a interação entre pensamentos e formas de atitude em sala de aula”, avalia a professora acrescentando elogios ao formador e ao material pedagógico que compõe o projeto Aprendizagem em Ação: oficina da matemática.

Formação Continuada reúne cerca de 3 mil profissionais da educação municipal

[Palestras com reconhecidos pesquisadores em diferentes áreas da educação básica abordaram temas como gestão escolar, educação regular, atuação pedagógica e educação inclusiva]

 

A partir da temática central A Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica, durante a semana de 13 a 17, aconteceu o II Encontro Municipal de Formação Continuada, evento que reuniu cerca de 3 mil profissionais da Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia.

O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo, por meio do Centro de Formação dos Profissionais da Educação (CEFPE). As palestras foram ministradas por professores doutores, pesquisadores da área de educação, vinculados principalmente aos quadros da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

[Secretária de Educação faz a abertura oficial dos trabalhos da semana de formação]

A abertura oficial do evento, dia 13, ocorreu no período vespertino, às 13 horas, no auditório da UEG Aparecida com a palestra da professora doutora Mirza Seabra Toschi (UFG/UEG). Contou com a presença da secretária de Educação, Valéria Pettersen, que fez a abertura oficial da semana de formação, e do vereador Manoel Nascimento (DEM) que representou o legislativo municipal. Os demais encontros, ocorridos de 14 a 17, nos turnos matutino e vespertino, foram realizados no auditório da Faculdade Nossa Senhora Aparecida (Fanap), no Conjunto Bela Morada e no auditório da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), no Setor Jardim Esmeralda.

 

Gestão Escolar

[Professora Mirza Toschi falou sobre o momento conflituoso vivido pela Educação Brasileira]

A palestra do primeiro encontro foi direcionada aos diretores e secretários das mais de 100 unidades que compõem a rede de ensino. Mirza Seabra abordou o tema papel da gestão na organização do trabalho pedagógico com vistas a possibilitar que a instituição educacional possa atingir seus objetivos, dentre os quais se destaca o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos alunos.

“A gestão escolar passa pela compreensão de que o fim da educação é o aprendizado do estudante, para que ele seja bem sucedido na vida pessoal e profissional”, destacou, aconselhando que, para que se obtenha sucesso na gestão, é necessário que os gestores adotem boas estratégias de comunicação. “O segredo de tudo é saber dialogar, saber se comunicar. Às vezes as pessoas erram porque não souberam comunicar, não souberam responder, respeitar o outro”, alertou.

A professora falou também dos desafios relacionados ao ato de ensinar em um contexto em que a sociedade está marcada pelas tecnologias e também do momento sensível por qual o país vem passando, no que se refere a políticas públicas voltadas para a educação, marcado pelo anúncio de cortes de verbas e pelas incertezas quanto ao futuro do Fundeb, coisas que, segundo o entendimento da palestrante, podem acarretar em implicações severas para o trabalho da gestão.

[Valéria Pettersen recepciona a professora Mirza Toschi, palestrante que abriu a série de debates da formação continuada]

Sensibilidade Pedagógica

[O palestrante prof. Romilson Siqueira destacou a importância da escuta sensível nos processos de ensino-aprendizagem]

 

No segundo dia de seminário (14/05), o evento recebeu os profissionais que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil que lotaram o auditório da Fanap para participar da palestra ministrada pelo professor doutor Romilson Martins Siqueira (PUC-GO). Com larga experiência na Educação Infantil e em redes públicas de ensino, o palestrante conduziu sua reflexão em torno da relevância da escuta sensível das crianças na ação pedagógica.

Durante sua fala, o professor destacou a importância de se ouvir a criança no processo de organização da Educação Infantil, tendo em vista questões como: direito, respeito, autonomia e o papel da autoria do educador.

“É preciso pensar espaços e alternativas pedagógicas para que as crianças possam ser ouvidas, acolhidas nos seus interesses e necessidades”, pontuou. Ele também ressaltou a importância da formação continuada para fornecer aos profissionais condições de pensar sua autoria e a autonomia intelectual. “Só pela formação continuada é possível continuar o processo de estudo e produção de conhecimento”, considerou.

 

Ensino Domiciliar x Ensino Regular

[Rodrigo Fidelis: Escola é lugar de socialização, mas também é lugar de se ensinar e de se aprender conteúdos]

O tema do terceiro dia (15/05) foi A Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica: Ensino Fundamental nos Anos Iniciais e Finais. No período da manhã, a palestra foi ministrada pelo professor doutor Rodrigo Fidelis Fernande Mohn (PUC-GO) e, no período vespertino, pelo professor doutor Renato Barros de Almeida (PUC-GO/UEG), os quais destacaram a importância do afeto nos processos de ensino-aprendizagem.

Rodrigo Fidelis, palestrante do período matutino, se posicionou contra a proposta de ensino domiciliar, argumentou que existem cinco pontos preconizados pela legislação atual que defendem as funções da escola e que estas seriam diferentes das funções da família. “Só para citar um exemplo, a escola é um lugar de socialização, algo que não acontece se o aluno estiver voltado para si, dentro de casa”, destacou.

O palestrante destacou também a importância de não se perder de vista a compreensão de que a escola não é apenas lugar da socialização ou espaço das afetividades. “A gente não pode esquecer que existe o objetivo de um ensino de conteúdo”, explica. Pontuou também que a mudança de perspectiva no olhar do professor estaria no fato de ele entender a necessidade de elaborar um planejamento de avaliação do aluno que, além de contemplar diversos instrumentos e possibilidades de verificação da aprendizagem, possa esclarecer para si e para o próprio aluno a noção de que a avaliação não é produto, mas, sim, processo e que, como tal, deve inclusive prever a possibilidade do erro. “Errar não é errado. Errar é uma hipótese de aprendizado”, defende.

Tipos de Escola

[A professora Liliane Barros falou sobre os aspectos gerenciais da escola pública: necessidade de superar a dualidade de que há duas escolas diferentes]

A questão central da discussão no quarto dia de encontro (16/05) girou em torno da necessidade de se repensar o sentido da Escola, debatendo o papel e o lugar que ela ocupa na educação do homem e da sociedade. As doutoras Liliane Barros de Almeida (PUC-GO/UEG) e Sylvana Noleto (PUC-GO/UEG) debateram o tema junto aos professores que atuam na segunda fase do Ensino Fundamental, no auditório da Unifan.

[Os professores lotaram a galeria da Unifan e, antes do início da palestra com a professora Liliane Barros, momento de descontração com o professor Washington Arruda do CEU das Artes]

Liliane Barros, que falou aos 0profissionais no período matutino, destacou a necessidade de se superar a atual dualidade que, segundo ela, seria responsável por determinar a existência de dois tipos de escola. Ela afirmou que as instituições particulares são reconhecidas como escolas de conteúdos capazes de conduzir os estudantes das famílias de melhor poder aquisitivo a um melhor preparo intelectual e cultural. E que, diferente disso, a escola pública, por ser a instituição destinada aos filhos de famílias que são oriundas das camadas mais populares, acaba sendo compreendida singularmente como local de acolhimento da criança.

Diante disso, a professora ponderou que, independente do público para o qual se destina, toda escola tem lugar específico na educação, que é o trabalho com os conteúdos humanos, a formação do homem. “As políticas reforçam que a escola particular é a escola onde se ensina conteúdo e que a escola pública não”, reclamou advertindo ser necessário superar a visão, entre professores e a sociedade, de que escola seja local da organização de tempo e espaço. “Escola é lugar de formar homens e mulheres como sujeitos com atuação política e social, espaço das famílias aprenderem com perspectiva de um futuro de vida melhor”, concluiu.

Educação Inclusiva

[Professor Kilber Gomes alertou para a necessidade da formação para atuação na Educação Inclusiva]

A Educação Especial e Inclusiva foi debatida na sexta-feira, 17, encerrando o II Encontro Municipal de Formação Continuada. O auditório da Unifan acolheu os profissionais que atuam no apoio direto e indireto, professores de AEE, interpretes, instrutores de Libras e Braille. A palestra foi ministrada pelo professor doutor Kilber Siqueira Gomes (UEG) que alertou o papel periférico ainda ocupado pela Educação Inclusiva, embora o tema esteja em voga nos centros dos principais debates políticos e em teses científicas na contemporaneidade.

Kilber enfatizou ser preciso repensar o processo da Educação Inclusiva para reduzir as distâncias entre a produção da Universidade e campo de atuação prática. Segundo o pesquisador é necessário que as escolas de formação de professores estejam abertas e dispostas a formar bons profissionais para que estes possam sair da academia dotados de condições para atuar em todas as etapas do ensino atendendo todos os públicos de estudantes.

Experiência

Professora de Agrupamento IV no Cmei Valdivina Guimarães da Silva, localizado no Residencial Brasicom, Priscila Verônica Fernandes elogiou a inciativa da Secretaria de Educação ao propor a semana de formação continuada e observou que os encontros são oportunidades para que os profissionais possam interagir com os demais parceiros de rede, promovendo a troca de experiências e podendo levar consigo o melhor daquilo que aprendem para a sua atuação nas unidades educacionais. “Temos que estar sempre buscando novos conhecimentos e a palestra de hoje com o dr. Romilson veio para enriquecer ainda mais a nossa formação”, assegura a professora.

Adriana Coberllini, coordenadora pedagógica no Cmei Heuler Fernandes, no Conjunto Cruzeiro do Sul, é outra profissional que ressalta a importância do evento para o exercício da reflexão sobre a prática pedagógica. “Ele (dr. Romilson) falou muito bem sobre a documentação pedagógica, a forma que a gente deve organizar, falou sobre a escuta atenta das crianças, o olhar sensível, abordagens que nos tocou bastante”, pontou a coordenadora.

 

Participações Culturais

Durante a semana de Formação Pedagógica, a abertura de cada sessão de palestra foi marcada por apresentações culturais preparadas pelo Centro de Estudos e Pesquisa Ciranda da Arte e pelo Centro de Artes e Esportes Orlando Alves Carneiro (CEU das Artes), do Setor Cidade Vera Cruz II.

Entre as apresentações, destacaram-se as alunas do corpo de balé que, reunidas em grupos de diferentes idades e sob orientação da professora Marília Braga, emocionaram o público pela desenvoltura das coreografias. O evento contou também com a participação do professor de Educação Física, Washington Arruda, que na abertura das palestras do dia 16, liderou sua equipe de alunas durante as performances de atividades físicas.

No último dia dos encontros, na abertura da palestra voltada aos profissionais que atuam na Educação Inclusiva, o público se emocionou com a apresentação de Ana Gomes, de 83 anos, que participa do projeto de Balé Sênior do CEU das Artes e que subiu ao palco na companhia da professora Eliane Elias para uma apresentação artística.

Texto: Gedeon Campos

Revisão: Felipe Fulquim

Fotos: Felipe Fulquim e Gedeon Campos

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